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Agenda Cultural

“GUITARRA OUTRA”

Eu sou uma guitarra.
Ou talvez a guitarra que há antes da guitarra. Entre ruelas perdidas na Alta e o Mondego. Voz rouca que canta, à noite, com a lua. Serenata toeira, salatina.
Quero cantar até que que a voz me doa, 
contando contos que o povo me cantou. 
Viola ao ombro eu já fui beiroa,
braguesa e amarantina. Campaniça, com meu Cante lá do sul. 
Atravessei os mares e na Madeira fui Rajão. E noutras ilhas, nos Açores, quase morri de amor. "Oh viola de dois corações". Viola da terra, "saudade, saudadinha".
Eu, sou a guitarra que passou de mão em mão. Ou talvez outras guitarras uma.
Eu
sou a guitarra
que há na voz do povo.

Manuel Portugal, 2020


Tendo como ponto de partida a guitarra de Coimbra, esta é uma viagem que cruza o espaço e o tempo. Em busca das origens de uma herança que quase nunca percebemos. As serenatas eram do povo, ao som de uma viola toeira. 
E em todo o país essa viola era sempre outra. Braguesa, Amarantina, Beiroa, Campaniça, Rajão e Viola da Terra.
Em Portugal inteiro (continente e ilhas) há uma viola, antes da guitarra, que é sempre a mesma. Só o povo lhe deu outros nomes e outros cantares.
GUITARRA OUTRA busca a resposta, tão esperada, a uma velha pergunta: de onde vem a guitarra e a serenata de Coimbra?
Manuel Louzã Henriques foi o musicólogo que mais se esforçou por manter vivas estas memórias. Por isso lhe dedicamos este momento. Que seja apenas o início de um trabalho que dê continuidade à sua maior paixão: a preservação da memória coletiva de um povo feito de música.


Ficha Artística/Técnica
Curadoria: João Curto
Produção: Associação Fado Hilário
Conceção Gráfica: Eugénio Anjo e João Curto
Produção Vídeo / Áudio – Manuel Portugal
Espólio gentilmente cedido por Herdeiros de Manuel Louzã Henriques


Classificação Etária
Todos os públicos


Informações
Bilheteira: 239 857 191
bilheteira@coimbraconvento.pt


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