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Agenda Cultural

“Viena, Musa Aeternam | Orquestra Clássica do Centro com Adriano Jordão”

"No decorrer dos últimos quatro séculos, Viena foi ponto de encontro, aprendizagem ou casa para várias personalidades marcantes da história da humanidade. Compositores como Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, a célebre família Strauss ou Mahler - mas também outros artistas tais como Klimt, Schiele, Undertwasser ou o celebríssimo Freud - encantaram-se pelo progressismo da sua sociedade, optando por procurar fortuna e fama pelo centro cultural e cosmopolita em que Viena se tornou durante os reinos da longa dinastia dos Habsburgos. Apesar do declínio natural experienciado pela queda do Império Austro-Húngaro e da instabilidade da primeira metade do século XX, hoje em dia a cidade é vista como uma das mais importantes no panorama artístico mundial. Apreciadores de música, pintura, arquitectura ou filosofia, procuram a cidade tanto pela sua história, como pela sua riquíssima oferta cultural. 
Wolfgang Amadeus Mozart mudou-se de Salzburgo para Viena em 1781, onde viveu até à sua morte, em 1791. Neste período, estabeleceu-se como pianista e compositor de renome, tendo experienciado períodos de fama, mas também dificuldade e miséria. Tornou-se amigo do célebre Joseph Haydn, contactou com a obra de Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Haendel, resultando deste período algumas das suas composições mais célebres, tais como A Flauta Mágica, As Bodas de Fígaro, Requiem, entre outras. Não é consensual se Mozart e Beethoven ter-se-ão conhecido em Viena. Existem indícios, embora não comprovados, de encontros dos dois numa visita de Beethoven a Viena em 1987, inclusive com a hipótese avançada por alguns musicólogos de que terão tido lugar um número reduzido de aulas ministradas por Mozart. Tal hipótese é geralmente descartada pela falta de documentação fidedigna e pela fase conturbada da vida que Mozart, na altura, atravessava, deixando-o pouco disponível para atividades do género. Beethoven decidiu fixar-se em Viena em 1792 e, tal como Mozart, rapidamente ganhou notoriedade como pianista e compositor, tendo falecido em 1827. Foi neste período que nasceu a maior parte da sua obra mais genial, e tal como no caso de Mozart experienciou notoriedade e declínio, sofrendo desde cedo dos célebres problemas de audição e eventual surdez, bem como outros problemas de saúde no fim da vida.
Dos 27 concertos para piano que Mozart compôs, o Concerto para Piano em Orquestra em Ré menor K. 466 destaca-se pela sua originalidade, fervor e drama implícitos. Composto e estreado em 1785, com o próprio compositor ao piano, transcende os limites estéticos da época, utilizando recursos harmónicos audazes, frequentemente utilizados no romantismo, sem nunca fugir radicalmente a uma estrutura clássica. De notar que Ludwig Van Beethoven nutria um fascínio particular pela obra, interpretando-a num concerto de beneficiência para a viúva de Mozart, e compôs cadências para o primeiro e terceiro andamentos. Entre ambientes sombrios, diálogos intimistas e atribulados entre solista e orquestra, liricismo exímio ao qual o génio nos habituou, termina com um terceiro andamento grave, tal como a tonalidade pressupõe. A coda luminosa em modo maior, uma espécie de assunção da alegria de viver, sugere um carácter profético, intuito naturalmente nunca assumido pelo compositor.
A  Sinfonia nº 7 em Lá Maior Op. 92, por muitos aclamada como a melhor de Beethoven, surge numa altura em que o compositor começa a agir e criar por vontade própria, de acordo com os seus ideais, desafiando o paradigma mecenático que reinava na altura. Muito se especulou (e, ainda hoje, se especula) sobre o carácter aparentemente programático da sinfonia, e, mesmo tendo o compositor várias vezes desmentido esta possibilidade, muitos contemporâneos, estudiosos, intérpretes e ouvintes rejeitam a possibilidade desta resultar dum ideal puro de "música absoluta”. Repleta de originalidade e frescura nos recursos utilizados, tanto a nível harmónico como estrutural, ritmos dançantes e ambiente bucólico, é difícil desassocia-la da Sinfonia nº 6 em Fá Maior Op.68, também conhecida como a Pastoral, parecendo continuar uma viagem de pintura e poesia musical de imagens, paisagens e contextos até então não explorados musicalmente. É, seguramente, dos exemplos mais marcantes da viagem a que a música nos pode proporcionar a nível imagético, não sendo esse o propósito assumido do compositor. Por essa razão é, porventura, até aos dias de hoje, uma das obras incontornáveis da arte sinfónica.” Jan Wierzba 


Espetáculo integrado no SEMESTRE EUROPEU – A EUROPA EM COIMBRA 2021
Apoio à divulgação


Programa
Concerto para Piano em Orquestra em Ré menor K. 466 - Wolfgang Amadeus Mozart cc 32 min 
Piano - Adriano Jordão
1. Allegro | 2. Romanze | 3. Rondo: Allegro assai 

Sinfonia nº 7 em Lá Maior Op. 92  - Ludwig van Beethoven cc 35min
1. Poco sostenuto – Vivace | 2. Allegretto | 3. Presto -  Assai meno presto | 4. Allegro con brio


Ficha Artística
Orquestra Clássica do Centro
Adriano Jordão, piano
Maestro Jan Wierzba 


Classificação Etária
M/6


Duração
80 minutos


Informações
Bilheteira: 239 857 191
bilheteira@coimbraconvento.pt




Cadeiras de orquestra e 1ª plateia
Geral: 10€
Estudante, a partir dos 65 anos, grupo a partir de 10 pessoas: 8€

2ª plateia e Balcão
Geral: 8€
Estudante, a partir dos 65 anos, grupo a partir de 10 pessoas: 6€

* INFORMAÇÃO
Na sequência do Comunicado do Conselho de Ministros, de 15 de julho de 2021, e das medidas aplicáveis aos concelhos de risco elevado, informamos que o concerto Viena, Musa Aeternam | Orquestra Clássica do Centro com Adriano Jordão - Programação - Agenda Cultural - Coimbra Cultura e Congressos - Convento São Francisco (coimbraconvento.pt), previsto para o próximo sábado, às 21h30, foi antecipado para as 21h00, a fim de ser dado rigoroso cumprimento ao determinado pelo Governo da República.
Coimbra, atrativa e segura, espera por si.

Este espetáculo é um reagendamento do evento inicialmente previsto para dia 30 de janeiro de 2021. O programa deste concerto não foi alterado e os bilhetes adquiridos mantêm-se válidos para a nova data.

Nos espetáculos assinalados "Vamos Abraçar a Cultura" é oferecido um bilhete por cada compra de ingressos, ficando disponível nas aquisições efetuadas na bilheteira do Convento São Francisco e nos postos de venda Ticketline. Por razões de ordem técnica não se encontra disponível nas compras online da plataforma TicketLine.

Informação adicional:
- Uso de máscara obrigatório 
- Interdita entrada após o inicio do evento
- Respeite o distanciamento físico e a sinalização do espaço 
- Respeite as indicações dos assistentes no recinto

- Para adquirir bilhetes de Mobilidade Reduzida, por favor, contacte a bilheteira do Convento São Francisco (diariamente entre as 15h00 e as 20h00, através do telefone n.º 239 857 191, ou envie mail para: bilheteira@coimbraconvento.pt 






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