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Agenda Cultural

“CAFÉ CURTO | BLUE HOUSE”

O ciclo de ‘showcases’ Café Curto teve o seu início em Outubro de 2020, após proposta da Blue House ao Convento São Francisco, numa fase extremamente difícil para o contexto da música e das artes do espectáculo, em que a pandemia tornava extremamente incerto o futuro de todo um sector. Até ao final de 2022, num processo de estabilização e afirmação deste ciclo no seio da programação cultural da cidade de Coimbra e, em concreto, do CSF, passaram pelo palco do Café Concerto 76 projectos, num total de 170 músicos (não contabilizando ainda as dezenas de técnicos, agentes e produtores envolvidos).
Boa parte dos artistas programados tinham uma ligação à região de Coimbra, mas o ciclo acolheu também a circulação de dezenas de artistas de fora da Região Centro e até do estrangeiro. O conceito principal do Café Curto manteve-se, dando palco a projectos musicais emergentes, mas também abrindo a programação a propostas novas ou em fase de desenvolvimento, por parte de artistas já com um caminho percorrido.
Tendo o ciclo integrado, desde cedo, diversas parcerias, iniciativas e sub-ciclos, a mesma lógica continuará em 2023, com a continuidade da Convocatória MIC (feita de forma aberta a novos músicos/projectos do distrito de Coimbra), o reforço do sub-ciclo Café Duplo (com regularidade mensal e resultado de Residências Artísticas) e o estabelecimento de novas sinergias com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra e com o Jazz ao Centro Clube.
Em 2023, o 1º semestre de Café Curto contará com 25 terças-feiras programadas no Café Concerto do CSF, envolvendo 31 projectos musicais, num total de cerca de 50 artistas, onde estarão presentes expressões artísticas que vão desde a intimidade de cantautores e pianistas, ao experimentalismo da electrónica, à energia do rock, ao arrojo do jazz e à singularidade da world music.


Programa

10 janeiro | COMBO DE JAZZ — EACMC
Os showcases ‘Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). Uma vez por mês, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz. 

17 janeiro | Cariño Muerto
Cariño Muerto surgem no início de 2019, começando a engendrar a sua identidade sonora negra, mas bem humorada, penetrante e hipnótica, com influências que vão desde a coldwave, ao synth-pop, passando pela inspiração poética de Los Panchos, Violeta Parra ou Mercedes Sosa. A banda reúne Lorena Sequeyro, — recentemente chegada do México — na voz, sintetizador e theremin; Eduardo Alves, no sintetizador e percussão eletrónica, e João Delicado, na guitarra. O seu trabalho de estreia  "La Gran Virtud del Peligro” é um EP composto por cinco temas, gravado, misturado e masterizado no Attack Release Studio, em Portalegre.

24 janeiro | Lobo Mau
Lobo Mau é um animal de palco, que emerge do universo folk/rock português. Depois de "Na Casa Dele” (LP, 2020) e "Vinha a Cantar” (EP, 2021), o trio lisboeta que dá corpo ao projeto — David Jacinto, Gonçalo Ferreira e Lília Esteves — apresenta o seu mais recente trabalho de originais, "Agarrado ao Mundo”. À linguagem melódica que nasce do encontro criativo entre os três autores, junta-se a ousadia da eletrónica, o arrojo dos trompetes e dos kazoos, e a insistência da caminhada ao ritmo das peles, das cordas e das teclas que acompanham a génese das canções – a guitarra e as duas vozes.

Café Duplo
31 janeiro | Luís Figueiredo + Maree Lawn
Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.

Maree Lawn é uma artista multidisciplinar licenciada pela principal universidade de jazz da Nova Zelândia que, nos últimos cinco anos, criou música para a Netflix e colaborou em tours no Japão, com :papercutz, e na Suíça, com The Periwigs. Nas suas proficientes produções, o trip-hop, o neo soul, o jazz e a eletrónica sustentam cascatas de vocalizações doces e poderosas.

Luís Figueiredo é pianista, compositor e produtor musical. Atua e compõe com regularidade desde 2004. Faz parte de diferentes projetos, entre os quais o seu trio (com o qual lançou o álbum "Manhã”, pela JACC Records, em 2010), ou o quarteto Lado B (com disco editado pela Sintoma Records, em 2012), e já colaborou com João Hasselberg, Jorge Moniz, Luísa Sobral, Ana Bacalhau e Jaques Morelenbaum, entre outros. A transversalidade da linguagem musical de Luís Figueiredo tem-lhe valido, ainda, a participação em iniciativas ligadas ao teatro e ao cinema, como músico, compositor e performer. 

7 fevereiro | System Exclusive
Ari Blaisdell e Matt Jones são System Exclusive: um duo de Pasadena (Califórnia), munido de uma panóplia de mini sintetizadores que produzem sonoridades pop com uma forte pitada de pós-punk. O timbre caraterístico de Ari transporta-nos para a música romântica e crua dos anos 80, a passar no rádio de um Chevy Camaro, numa tarde de verão. A vocalista dialoga com os ritmos da bateria e as ondas dos sintetizadores de Matt, ao mesmo tempo que, empunhando a sua guitarra, adiciona uma camada de vida e energia ao ambiente mecânico e tridimensional, produzido pelas máquinas eletrónicas.

14 fevereiro | Pitsiokos / Vicente / Carreiro — JACC
Pitsiokos é uma das novas vozes mais relevantes no mundo da música improvisada, tendo sido reconhecido na revista Rolling Stone pela sua "surpreendente visão original” e pelo seu "extraordinário trabalho com o saxofone”. Está baseado entre Nova Iorque e Berlim e, no meio desta existência itinerante, cruzou-se com o trompetista Luís Vicente, artista português internacionalizado, membro de diversas formações por toda a Europa. Nesta primeira curadoria a cargo do Jazz ao Centro Clube, o palco do ‘Café Curto’ mostrará o primeiro encontro entre estes dois músicos, aos quais se juntará o guitarrista João Carreiro, notável representante da nova geração do Jazz Português.

21 fevereiro | Agricultura Celeste
Agricultura Celeste é o projeto musical de Rodrigo Silveira e Mário Magno: uma união do sertão baiano com a fronteira do Uruguai, que cria um espaço dinâmico onde se ouvem beats intensos, improvisação jazz, música eletrónica e africana, num movimento sonoro que convida à experimentação a partir da memória cultural e das suas releituras. 

Café Duplo
28 fevereiro | Rui Maia + Hélder Bruno
Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.

Rui Maia é músico, produtor e DJ, residente em Lisboa. É a cara do projeto de electrónica Mirror People e membro fundador dos portuenses X-Wife. Atualmente, também acompanha ao vivo os GNR e faz parte da equipa da Rádio Futura. A solo editou, em 2016, o álbum "Fractured Music'', trabalho influenciado pela música techno e pela privação de sono. Gravado durante 2020 em plena pandemia, o aclamado "Botany Department”, abre mais um capítulo na discografia dos Mirror People, desta vez explorando os sons ambientais e experimentais da música de dança. Apresentando-se ao vivo em nome próprio, entre sintetizadores, explora os seus temas de uma forma livre e sem guião, criando momentos únicos em cada atuação.

Hélder Bruno, compositor, pianista e musicólogo (doutorado em etnomusicologia pela Universidade de Aveiro) é detentor de uma personalidade estética única no panorama musical português. Produziu dois álbuns ­— "The Presence, serene and tender”, em 2018, e "Under a Water Sky”, em 2022 — aclamados pela crítica e pelo público. A sua música é transmitida pela Antena 2, que apoiou os dois álbuns, mas também pela Antena 1 e pela Antena 3, o que comprova o universalismo da sua composição. Ao vivo, seja em apresentações a solo, com convidados especiais, ou acompanhado por um quinteto de cordas, a música de Helder Bruno proporciona uma experiência transcendente e libertadora.

7 março | Femme Falafel
Femme Falafel é o alter-ego de Raquel Pimpão, alfacinha de nascença e caldense de coração, apaixonada por disco, hip-hop, salsa e pastéis de nata. Usa o piano, a voz e o logic para arrancar as amarguras mais profundas debaixo dos glaciares da consciência, com letras temperadas com o humor inteligente de quem observa atentamente o que a rodeia. Põe as emoções a rimar e serve-as num prato regado com sarcasmo e coentros, para que a sensibilidade não se veja a olho nu. Julga-se uma trapalhona com classe e o seu objectivo artístico é o elogio da tolice. Afinal de contas, a fatalidade não é o seu forte.

14 março | Combo de Jazz — EACMC
Os showcases ‘Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). Uma vez por mês, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz. 

21 março | Jacaréu
Jacaréu é músico, escritor e leitor de poesia, com raízes em Lisboa e Alvaiázere. Em palco, apresenta-se a solo e combina as duas artes que o movem, jogando com a palavra, seja na tradicional forma declamada, cantada ao ritmo da guitarra, ou debitada como num rap. Jacaréu ‘nasceu’ durante a pandemia e lançou o seu álbum de estreia  "Tique T.O.C", em 2021. Sobe ao palco do ‘Café Curto’ no Dia Mundial da Poesia, convidando o público a, com ele, assinalar a data.

Café Duplo
28 março | Ana Deus + Diogo Alexandre
Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.

Ana Deus é a voz de bandas portuguesas icónicas como Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso ou Ban. Mas é também intérprete de projetos com pequenas editoras, como a Mia Soave [Degrau (Cuidado), 2011, e Bruta, 2015] e a BOCA [Nós, os de Orpheu, 2015, e Ruído Vário, Canções com Pessoa, 2018], ou de auto-edições como Roupa Anterior (2012) e Bruta 2 (2018). Entre leituras e canções, as suas performances procuram o tom certo. A música acrescenta ou distrai? O canto é justo para o texto? O processo está sempre em aberto. No ‘Café Duplo’ haverá poemas entre o dito e o cantado, apoiados em sons que acrescentam ritmo e imagens que somam ideias. Entre os autores dos textos estão à partida Alberto Pimenta, John Donne, Regina Guimarães e Bocage.

Diogo Alexandre é um galardoado baterista de Leiria, nascido em 1998. Com apenas 14 anos, muda-se para Coimbra para estudar no Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra. Já tocou e gravou com artistas nacionais e internacionais como João Barradas, Amir El Safar, Ben Van Gelder, Peter Evans, entre outros. Em 2022, lançou o seu disco de estreia — Pipe Tree — com composições para septeto que incluem alguns dos mais aclamados músicos do país. O álbum foi referido na na jazz.pt como "um disco raro no panorama jazzístico português, por ser diferente e ambicioso, procurando – e conseguindo – traçar um caminho próprio.”

4 abril | Cavalo55
Tendo crescido numa pequena vila no Norte de Itália, Cavalo55 não tinha muito com que se ocupar além de aprender a tocar guitarra e imaginar que estava algures nos Estados Unidos, imerso na fábrica de sonhos do cinema americano. Tocou em algumas bandas, frequentou uma escola de cinema e viajou muito. Conviveu com amantes de música e mergulhou no legado da música folk e dos blues, enquanto fazia busking e train hopping. Eventualmente, seguiu rumo a Lisboa, onde se deixou inspirar pelo fado e pela guitarra portuguesa, cruzando o seu caminho com artistas como Time For T, Marinho, Marta Miranda ou Orquestrada. Através da música, conta-nos tudo sobre as suas aventuras.

11 abril | Miguel Calhaz (JACC)
Miguel Calhaz é músico, cantautor e contrabaixista. Mantém projetos musicais nas áreas do jazz, da world music e da música portuguesa, entre os quais: ‘Trilhos – Novos Caminhos da Guitarra Portuguesa’, ‘Romance da Pastora’, ‘Raíz’, ‘Latin Groove’, ‘Libertrio e Heart of Trio’. Participou em espetáculos de tributo a Zeca Afonso, Sérgio Godinho e Fausto, com as formações ‘Os Cantautores’ e ‘Emboscadas’. Foi músico convidado da formação ‘Danças Ocultas’ e do cantautor Zeca Medeiros. Neste espetáculo, com curadoria do Jazz ao Centro Clube, apresenta o seu mais recente disco, com edição da JACC Records/Terra Series.

18 abril | CAIO (RUC / SANTOS DA CASA)
CAIO só precisa da guitarra, do piano e da sua doce voz para expressar o que sente, compondo um folk-rock existencialista que nos guia por entre as aventuras e desventuras da sua vida. Em 2016, lança o seu primeiro trabalho — o EP "Desassossego” — seguido dos longa-duração "Viagem” e "Mundo Incerto”, o segundo reconhecido pela Blitz como um dos melhores discos de 2018. Em 2019, edita "Retratos”, numa roupagem mais rock, da qual agora se distancia, no seu último trabalho "Travessia”, onde se destacam a experimentação de novas estéticas e linguagens. O disco conta com colaborações de Valter Lobo, Evaya, entre outros, tem o selo gig.ROCKS! e distribuição da Warner Music Portugal.

Café Duplo
25 abril | Caminho dos Cravos
No 25 de abril, servimos um ‘Café Duplo’ inusitado, um encontro entre a música e a palavra para assinalar as comemorações da Revolução dos Cravos e o difícil caminho em direção à liberdade e à democracia.
Neste dia, convidamos Helena Faria e Miguel Gouveia, narradores e contadores de histórias, para selecionarem um conjunto de textos adequados à data, que serão musicados, em tempo real, por Jorri, Gonçalo Parreirão e João Cação.

2 maio | Coffee & Wine
Coffee & Wine são o segredo mais bem guardado da música indie folk, feita em Espanha. Em formato de duo acústico, Ana Franco e Andrés Cabanes atuam pela primeira vez em Portugal, presenteando-nos com a sua música evocadora, com odor a terra molhada. Guitarras acústicas adocicadas e a voz majestosa de Ana irão apresentar o álbum "Hirundinidae” (Manderley/Lucinda), co-produzido e gravado por Dany Richter em Madrid e misturado em Portland, por Adam Selzer (M. Ward, The Decemberists, Alela Diane).

9 maio | Combo De Jazz (EACMC)
Os showcases ‘Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). Uma vez por mês, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz.

16 maio | Chalo Correia
Chalo Correia é um cantor e compositor nascido em Angola e influenciado por bandas como "Os Merengues” ou "Os Kiezos”, que experimenta com a harmónica, a puíta e a guitarra. Com quase trinta anos de vivência em Portugal, tem sido um dos principais divulgadores das tradições da música angolana, que mistura com a experiência da pluriculturalidade lisboeta. Em 2021, grava o seu terceiro álbum de originais "Dibessá”, contando com a participação de Galiano Neto, João Mouro, Nelson Costa, entre outros, num disco que resulta numa viagem sonora aos ritmos que se ouviam em Luanda, nas décadas de 60 e 70.

23 maio | Will Samson
O músico britânico, residente em Portugal desde janeiro de 2022, criou a sua própria editora, Human Chorus, para lançar ao mundo "Active Imagination”, álbum que celebra também os dez anos de carreira discográfica de Will Samson (o primeiro disco "Balance” foi editado em 2012). São nove canções que dão forma a sonhos alimentados por uma vida de itinerância, que oscilam nas ondas etéreas da música eletrónica, ambient, folk e indie. Os singles "Arpy” e "Shun” foram os primeiros a ver a luz do dia, sendo que o segundo atingiu substancial relevo nas plataformas digitais.

Café Duplo
30 maio | St James Park + João Mortágua Holi
Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.

St James Park é o projeto onde Tiago Sampaio (Grandfather’s House) explora o mundo da eletrónica, influenciado pela música experimental, clássica e pelo hip-hop. Em 2020, lança o seu álbum de estreia, "Highlight”, que conta com a participação de artistas como Lince, Noiserv e IVY. Integra, ainda, o álbum Oasis Nocturno (Remixed) de TOKiMONSTA e lança remixes para bandas como First Breath After Coma e Sensible Soccers. Em fevereiro de 2022, edita o EP "Rewind”, onde introduz ritmos voltados para a pista de dança, numa abordagem mais clubbing. Ao longo dos últimos anos, tem também vindo a trabalhar para espetáculos de teatro, dança, moda e cinema.

João Mortágua é um saxofonista, compositor e improvisador residente em Coimbra. Gravou cinco álbuns em nome próprio, todos com o carimbo Porta-Jazz, sendo que o disco "Dentro da Janela” arrecadou, entre outros, o galardão de Melhor Álbum Jazz nos Prémios Play da Música Portuguesa. Em 2017, foi considerado Músico do Ano nos prémios RTP/Festa do Jazz. No seu mais recente projeto a solo – HOLI – João Mortágua explora diferentes texturas a partir dos seus saxofones, flautas, percussões, voz e pedais. Nestas composições espontâneas ouvem-se influências das músicas do mundo, da música erudita, do jazz e da música eletrónica.

6 junho | Tiago Sousa
Tiago Sousa revisita algumas peças para piano dos dois recentes álbuns "Ripples on the Surface” e "Organic Music Tapes vol 2”. Álbuns em que encontramos uma motivação determinantemente sónica, influenciada pelo minimalismo americano dos anos 60, em particular Terry Riley, Steve Reich ou Philip Glass. Um novo caráter toma conta do discurso pianístico de Tiago através de composições orgânicas, em estado fluido, que formam nebulosas de sons de contornos indeterminados. Falamos de padrões espontâneos, cuja grande virtude advém de não precisarem forçosamente de um mestre ou engenheiro. Padrões irregulares e edificantes como a espuma das ondas ou uma noite estrelada e que, de forma misteriosa, exercem um profundo interesse.

13 junho | Senda
Esta música é um sistema. Respiratório. É guelra de peixe. Os pulmões de um corpo. É uma janela e faz corrente de ar, é cantar em casa. Uma escama que nasce no corpo, na pele e se solta dele. Pisar território desconhecido, não poluído. É chegar depois. Atravessar a senda. Depois de apresentada no formato completo com Teresa Costa na flauta, Yudit Almeida no contrabaixo e Rafael Santos no clarinete e guitarra, desta vez, "Senda” vai ser cantada em formato reduzido, apenas em duo de voz e guitarra, num Café Curto com curadoria do Jazz ao Centro Clube.

20 junho | O Manipulador
O Manipulador é a one-man-band de Manuel Molarinho, influenciada por bandas de rock alternativo e ética DIY, que encontra inspiração em paisagens industriais abandonadas, nos ritmos e melodias das conversas e na experimentação. A originalidade do músico tem passado pela criação de canções usando apenas o baixo, pedais, uma loop station e a voz. 'Doppler' é o 4º registo de O Manipulador (depois de 'Boxing', 'Chess' e 'Lop'). Com o selo da editora portuense Saliva Diva, representa o culminar do trabalho de investigação sobre a utilização do baixo elétrico como instrumento total e multifacetado, melódico, textural e fonte de percussão. A viver atualmente no Porto, o músico português ('Baleia Baleia Baleia', 'Burgueses Famintos' ou 'Daniel Catarino') tem estado constantemente na estrada e os seus concertos como O Manipulador têm sido muito bem acolhidos pela crítica.

Café Duplo
27 junho | Cabrita + Filipe Furtado Trio
Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.

João Cabrita é um nome amplamente reconhecido do panorama musical, com uma carreira de mais de trinta anos, nos quais colaborou, em discos e espetáculos, com alguns dos maiores nomes da música portuguesa, como Sérgio Godinho, Dead Combo, ou The Legendary Tigerman. Tem realizado diversos espetáculos como saxofonista, quer em nome próprio, quer como convidado. Em 2020, lançou o álbum "Cabrita”, considerado o 6º melhor disco do ano pelos leitores da Blitz.

Filipe Furtado é um apreciador de música eclético, ainda para mais sendo radialista amador, mas é no vasto paraíso da música brasileira que mora a sua paixão: a Bossa Nova. Nascido nos Açores e radicado em Coimbra, batuca gingados em tons de verde e azul, perdido nesse imaginário de mar e vulcões. Em 2020, gravou na Blue House o seu disco de estreia "Prelúdio", que tem apresentado de Norte a Sul do país, incluindo no Festival Tremor, bem perto de casa e da sua editora Marca Pistola. Neste ‘Café Duplo’, surge acompanhado de Paulo Silva e Filipe Figueiredo, em formato trio.


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