Agenda Cultural

Começou os estudos de piano aos sete anos de idade. O pai era o director do Coro de Pinar del Río e professor de teoria musical e harmonia, e a mãe ensinava literatura musical. Estudou sob a batuta de Rosa María Tolón, Loli Novás, Andrés Alén, Jorge Gómez Labraña e Sílvio Rodríguez Cárdenas.

Como estudante, participou no concurso para novos talentos, "Amadeo Roldán” ganhando vário prémios e menções honrosas. A nível nacional participou em vários festivais de música contemporânea, música de câmara e jazz. Foi também uma personagem activa na vida académica participando e liderando várias associações de estudantes.

Aos 13 anos gravou com o pianista José María Vitier, e essa experiência despertou o interesse para vários géneros musicais, nomeadamente, Jazz e música popular cubana. Foi também como estudante que, juntamente com o compositor Leo Brouwer, gravou música para documentários e filmes de ficção.

Percurso Profissional

1986 até à data: Pianista e director musical do reconhecido cantautor, Pablo Milanés;

1998 até à data: Director, pianista, arranjador e compositor do "Miguel Nuñez Trio”.

No último ano de Faculdade, começa a trabalhar com Pablo Milanés e, num espaço de um ano, tornou-se o seu director musical. Desde então, para além dos vários espectáculos ao vivo, tornou-se também ele produtor de vários discos seus.

Assumindo-se cada vez mais como membro fundamental da banda de Milanés, actuou nos mais emblemáticos teatros e centros culturais do país.

Desde 1986, participou em festivais de jazz não só como solista, mas também com diversos projectos. Até que fundou, em 1998, o "Miguel Nuñez Trio”, um grupo que combina ritmos do Caribe e jazz, e onde também é director, arranjador, teclista e compositor. Os restantes membros do grupo são Osmani Sánchez (bateria) e Luis Ángel Sánchez (baixo). O "Miguel Nuñez Trio” tocou em concertos no Museu Nacional de Belas Artes, Casa das Américas, Teatro Amadeo Roldán, Casa del Alba, Festival Internacional Jazz Plaza, CUBADISCO, assim como, em concertos em Pinar del Río e Bayamo.

Tocou ao lado de artistas tais como: Milton Nascimento, Fito Páez, León Gieco, Ivan Lins, Luis Represas, Ana Belén e Víctor Manuel, Ricardo Arjona, Mercedes Sosa, Ketama, Joaquín Sabina, Simone, María Rita Camargo, Joan Manuel Serrat Lilia Vera, Víctor Pellegrini, Egberto Gismonti ... e os cubanos Leo Brouwer, Dog Valdés, José María Vitier, Omara Portuondo, Elena Burke, Xiomara Laugart, Liuba María Hevia, Isaac Delgado, Santiago Feliú, Polito Ibáñez, David Torrens, Raúl Torres, César López e Yoruba Andabo, entre outros.

No estrangeiro:

Neste capítulo, Miguel Nuñez tem sido extremamente activo, especialmente com Pablo Milanés, tendo actuado em mais de 30 países.

Concertos no Lincoln Center, em Nova Iorque e Miami Arena; os teatros, Rex, Ópera e Luna Park em Buenos Aires (Argentina); O Auditório Nacional (México); O Teatro Calderón, Polideportivo y Casa de Campo em Madrid (Espanha); O Palau de la Música Catalana e Montjuïc em Barcelona (Espanha); o Canecão, Rio de Janeiro (Brasil). Com o "Miguel Nuñez Trio” actuou ainda na Expo 98 e no Centro Cultural de Belém, Lisboa (Portugal) e no festival MIDEM em Miami (EUA) e Quito.

Como Compositor:

Escreveu música para piano, piano e orquestra, orquestra sinfónica, fagote e piano e flauta e piano. Compôs música para documentários e filmes de ficção, entre eles, a co-produção argentino-cubana, "Finalmente”, "Al Fin el Ar”, onde ganhou o melhor prémio para banda sonora no Festival de Trieste (Itália); as co-produções cubano-espanhola "Siempre Habana” e "Páginas del Diario de Maurício” e o tema principal do filme cubano "Habanastation”.

Escreveu a música para "Tocororo”, uma peça de balé, escrito e coreografado por Carlos Acosta (dançarino-principal do Royal Ballet of London) e para "La Leyenda del agua grande”, uma peça de balé do coreógrafo Eduardo Blanco do Balé Nacional de Cuba.