Agenda Cultural

A proposta é simples: criar música, fazer uma banda sonora ao vivo, em tempo real, dividindo os sentidos entre o ver o filme e ouvir a música e juntando-os numa viagem no tempo e experiência com mais de cem anos. Na realidade era assim que no início dos anos XX se via cinema: com músicos que acompanhavam a acção da tela, ora improvisando, ora usando os Photoplay, colectâneas que facilitavam a vida a pianistas e não só, com propostas pré-definidas para cenas românticas, de perseguição, de tiros ou de gargalhadas. 

Os dois filmes desta proposta são dos mais emblemáticos na obra destes dois génios: "Easy Street” de Chaplin, que em Portugal foi traduzido como "Charlot na Rua da Paz” e "One week” de Buster Keaton, uma das suas mais perfeitas comédias de destruição. Filmes que marcaram já várias gerações mas que, em tempos de tecnologia digital e realidade virtual, são para um novo público uma completa novidade com cem anos. Pelo meio, e para uma viagem mais autêntica, haverá ainda espaço aos cartões com avisos e anúncios que eram exibidos nos cinemas. 

Durante o processo de criação musical, a preocupação foi a de dar a ouvir a música escondida dentro das imagens, sempre com um olhar contemporâneo: que emoções, sons, ou temas habitam estes mundos e o mundo psicológico das personagens? Para isso foram criados vários temas originais utilizando a electrónica, as guitarras e a percussão, que vão sendo intercalados com momentos improvisados, que ajudam a interpretar as histórias. E nem os Photoplay ficaram de fora, naquela que se pretende que seja uma ligação perfeita entre a aurora do cinema e a música feita e pensada em 2020. 

Criação Musical e Interpretação: António Serginho, Óscar Rodrigues e Pedro Cardoso (Peixe)

Classificação Etária
Todos os públicos


Duração
50 minutos


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